quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

10 sugestões para a confraternização não virar um “mico”


Com a proximidade do Natal e do Ano Novo, torna-se quase que uma maratona comparecer às confraternizações que nos convidam e nessa lista de festividades está a aquela que reúne os colegas que compartilham conosco o dia a dia de trabalho. Apesar de saber que encontraremos pessoas conhecidas, amigos mais próximos, esses momentos também nos remetem a tomar determinadas posturas. Afinal, não são raros os casos em que nas confraternizações ocorram alguns "micos" e, no dia seguinte ao chegar à empresa, as pessoas que se tornaram alvo das atenções sintam-se constrangidas diante dos seus pares. Seguem abaixo algumas dicas para evitar constrangimentos nessas ocasiões especiais.

1 - As confraternizações de fim de ano costumam ser animadas e com elas vêm deliciosos acompanhamentos como petiscos ou almoços praticamente irresistíveis. Mesmo para quem esquece o regime nessa época do ano é de "bom tom" não exagerar nas guloseimas, pois há quem ultrapasse os limites e não se sinta bem. Resultado, você terá que deixar a confraternização antes do esperado ou, então, ficar sentado enquanto a digestão faz efeito.
2 - Outra tentação para muitas pessoas são as bebidas com teor alcoólico. Mesmo quem é acostumado a apreciar um bom uísque, vinhos ou é fã da cervejinha, não pode esquecer de que naquela festa estão os colegas de trabalho, gestorores e os diretores da empresa. Não há inconveniente maior do que alguém que fica bêbado e estragar a festa dos demais. Isso sem comentar que quando se está alcoolizado a pessoa pode ter atitudes que a farão ficar, no mínimo, sem graça ao retornar ao trabalho.
3 - Não aproveite esses encontros de fim de ano para tentar ser simpático "ao extremo", se durante o ano todo você sempre teve um comportamento mais contido. Imagine a seguinte cena: seu líder está conversando com representantes de empresas parceiras que foram convidados para prestigiar a confraternização. Nesse momento, chega alguém da equipe e a todo custo tenta "enturmar-se", dando opiniões sobre assuntos que não domina. Em casos mais extremos, existem os que tentam ser engraçados e começam citar toda uma lista de piadas "sem graça". Falar demais pode causar desconfortos e problemas futuros.
4 - Se falar demais é inconveniente, imagine quem vai às confraternizações para "bajular" seus superiores. Abrir a boca para tecer elogios aos gestores, aos dirigentes da empresa é uma péssima estratégia de marketing pessoal. Sem falar que quem é "bajulado" pode sentir-se desconfortável e até mesmo deixar a festa antes do planejado.
5 - Caso seja convidado para uma conversa onde se encontram pessoas do seu convívio e desconhecidos, aceite educadamente. Contudo, antes de comentar algo primeiro escute o teor da conversa para não passar por desinformado sobre assuntos relacionados principalmente à empresa. Seja prudente. Afinal, você também está representando a organização em que atua.
6 - Os eventos sociais são ótimos para fazer novos contatos e aumentar a rede de relacionamentos. Isso, no entanto, não significa que você deva encher os bolsos com cartões de visita e distribuir para todos os que aparecem à sua frente. A troca de cartões pode até ocorrer, mas deve acontecer naturalmente e nunca de maneira forçada.
7 - Nada impede que nas confraternizações as pessoas caprichem no visual, até porque uma boa aparência é sempre bem-vinda. Isso não significa que você deva mudar seu estilo, mas comparecer a um evento da empresa com um decote chamativo, uma minissaia, uma barba que ultrapassa a do "Papai Noel" ou perfumes fortíssimos é pisar na bola.
8 - Quem pode pagar "mico" não é apenas quem comparece à confraternização, mas sim quem organiza a festa. Escolher cardápios adequados ao local e ao horário é aconselhável. Não cai bem, por exemplo, servir pratos considerados pesados para o período da noite. Dentro das suas possibilidades, ofereça um cardápio variado. É bom salientar que isso não significa ter gastos significativos.
9 - Há confraternizações em que os organizadores realizam sorteios e brindes durante. Mesmo que o ambiente seja descontraído, não realize brincadeiras que façam as pessoas pagar "prendas" para receber o presente. Isso pode contribuir para que o "sortudo" torne-se alvo de "mico" diante os colegas. Antes de promover qualquer brincadeira, coloque-se no lugar de quem estará do outro lado.
10 - Outro detalhe importante para quem organiza a festa é divulgar o dia, o local e o horário da confraternização com antecedência. Isso vale tanto para os colaboradores quanto para os possíveis convidados de empresas parceiras. Lembre-se que as pessoas possuem compromissos que nem sempre podem ser desmarcados, apenas porque você fez o convite em "cima da hora".
Patrícia Bispo
(www.rh.com.br)


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os tão ocupados e apressadinhos de Deus


Se há alguém no mundo com todos os motivos para estar sempre ocupado e apressado, certamente seria Deus, pela quantidade de pessoas que recorre a Ele, todos os dias e a todo instante, pelos mais variados motivos. Desde gente que pede para ganhar na mega-sena, até aqueles que pedem para que tal candidato ser eleito, para chover, para fazer sol, para sair aquela promoção, para o chefe ser mandado embora, para a namorada ou namorado voltar, para o guarda rodoviário não usar o bafômetro, para o teste de gravidez dar negativo ou positivo... Uma loucura.
Já perceberam o que ocorre nas partidas decisivas de futebol? No último segundo, o jogador vai cobrar um pênalti que dará o título ao time. De um lado, uma equipe se dá as mãos e orando, pede a Deus para a bola ir para fora ou o goleiro defendê-la. Do outro, a equipe adversária, também de mãos dadas, reza e pede a Deus para a bola entrar. Ou seja, a divergente expectativa de todos inclusive torcedores, é de que Deus pare de fazer tudo o que está realizando pelo mundo inteiro para fazer o atacante marcar o gol ou o goleiro pegar o chute. Pode?
Essa introdução descontraída é para nos fazer lembrar aquele profissional que repete a todo instante:
- Agora não dá! Estou super-ocupado!
- Depois, depois! Agora não dá! Estou super-atrasado!
Uma vez que esse profissional não é Deus - porque Ele sempre dá um jeito de atender todo mundo - conclui-se que o acelerado amigo não tem a menor idéia do que seja administração do tempo.
A exceção das disfunções comportamentais, certamente há quem aja assim por achar que tal postura passa a imagem de um sujeito muito trabalhador e indispensável à firma. Pelos muitos anos que convivi com o mundo corporativo, posso assegurar que metade das atividades que fazem aquele herói correr tanto e estar sempre ocupado, poderia ser facilmente delegada aos membros da equipe. Mas, fazer o que se o homem é centralizador? Estes, parecem nunca ter ouvido ou lido nada também sobre delegação.
No frigir dos ovos, o primeiro prejudicado é o próprio, pois lhe falta tempo para participar de programas de integração com os pares e colegas e, sobretudo de atualização - aliás, é característica sua nunca ter tempo para comparecer aos programas de treinamento e sempre chegar atrasado e bufando às reuniões.
Nem na hora do almoço nosso elétrico profissional relaxa. Quando não come apressadamente um sanduíche na sua mesa de trabalho, ele corre ao refeitório e rápida e literalmente joga a comida mal mastigada na boca. Sem muita conversa, levanta-se e sai quase correndo, pois "tem muita coisa pra fazer e já está atrasado".
É provável que esse profissional alimente a fantasia de que a empresa parará se ele diminuir seu ritmo. Se este for o caso, trata-se de um candidato potencial a um trauma depressivo se um dia for demitido (o que descrevo com detalhes no meu mais recente livro "Demitido: quando é preciso tirar a camisa" (Qualitymark).
Nessas pessoas, preocupa-me muito o comprometimento da sua qualidade de vida. Um tempo precioso a ser curtido com a família e amigos está deixando de ser utilizado e no futuro é mais do que provável que isso traga sérias conseqüências afetivas, psicológicas e sociais. Claro que isso tem solução. Uma adequada reflexão, uma revisão do estilo de vida, um claro entendimento do que é urgente e do que é importante (nem sempre estas condições caminham juntas) poderia ajudar o nosso amigo e estruturar melhor o uso do seu tempo, controlar sua ansiedade e ser mais feliz. Todos ganhariam com essa mudança, inclusive a própria empresa.
Pena que geralmente esse profissional não tem tempo para pensar nessas coisas - muito menos em Deus. Certamente ele nem lerá este artigo: afinal, como sempre, tem um monte de coisas à sua espera e ele já está muito atrasado...

Floriano Serra
 (www.rh.com.br)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

10 razões para divulgar informações aos colaboradores


O fluxo de informações seguras no ambiente organizacional é um diferencial significativo para qualquer empresa e fecha as portas para os boatos que, normalmente, geram resultados negativos para as organizações. Isso porque não existe quem consiga trabalhar tranquilo, ouvindo rumores "preocupantes" como, por exemplo, que haverá demissão em massa ou até processos de inovação que exigirão quebras de paradigmas. Abaixo, destaco algumas razões, para que a empresa mantenha sempre uma comunicação interna eficaz com seus profissionais.
1 - Não há nada mais desconfortável do que chegar ao trabalho e escutar existe a possibilidade de que ocorram desligamentos em curto e médio prazo. Isso faz com que o mais dedicado profissional desvie sua atenção das atividades laborais para ficar com aquele terrível pensamento em sua mente: "Serei o próximo?". Certamente, a produtividade será prejudicada.
2 - Quando um boato ganha forças dentro da empresa, ele ultrapassa os portões da companhia. Como? Basta apenas o colaborador seguir para sua residência e a preocupação irá acompanhá-lo. E quando isso ocorre, além do sofrimento gerado ao profissional, a sua família também sentirá os reflexos negativos, porque ele chegará estressado e provavelmente passará a tensão para o cônjuge e os filhos. Resultado: a qualidade de vida cai tanto no ambiente de trabalho quanto no campo pessoal.
3 - Se um boato é capaz de abalar um funcionário, também tem "força" para se estender entre os demais profissionais que atuam na empresa. O reflexo será perceptível pelos gestores a "olho nu", pois sentirá que as pessoas estão tensas, com a mente longe (presenteísmo) e quando têm oportunidade conversam de forma "desconfiada".
4 - Uma vez instalado um boato em um departamento, é questão de dias ou mesmo horas para que o mesmo se propague em outros setores e todos sejam contaminados pelo sentimento de medo e de dúvidas sobre "como será o amanhã?".
5 - Enquanto há aqueles profissionais que se limitam a desperdiçarem suas horas de trabalho com o "disse me disse" que percorre toda a empresa, existem outros que não perdem tempo e logo entram em contato com a rede de relacionamentos. O motivo? O surgimento de novas oportunidades que podem ser abraçadas, antes mesmo que o barco afunde. Com isso, a empresa perde talentos que farão significativa diferença para o negócio.
6 - É bom lembrar que quando um profissional desliga-se de uma organização, ele leva consigo toda a bagagem de conhecimento adquirida ao longo do tempo em que atuou na empresa. E até que alguém preencha a vaga em aberto, a companhia perderá tempo e gastos com uma nova seleção.
7 - Contudo, a questão acima pode ser evitada. É bom não cair no esquecimento de que uma boa comunicação não apenas ajuda a reter talentos, mas também atrair outros profissionais que agreguem valor ao negócio. Hoje, observa-se uma preocupação de muitos profissionais em fazerem parte de uma organização que proporcione segurança e clareza sobre assuntos relacionados ao ambiente corporativo e nunca os deixe com "nuvens escuras" sob suas mentes.
8 - Mas como evitar que rumores afetem o equilíbrio corporativo? Nesse momento, os canais de comunicação da empresa devem ser considerados "pontes" estratégicas entre empresa e funcionários. Através de murais, informes periódicos, intranet, e-mails corporativos é possível garantir uma comunicação clara, efetiva e assegurar a credibilidade da companhia diante seu quadro funcional.
9 - Vale lembrar que os canais de comunicação também são representados pelos gestores. Ou seja, através das lideranças as informações chegam aos colaboradores sem distorções que comprometam a rotina de uma companhia. É de grande valor a relação face a face de forma contínua e não esporádica.
10 - Quando a empresa mantém uma comunicação clara com os seus talentos, a organização também fortalece o relacionamento com todos seus stakeholders. Isso acontece porque os profissionais mantêm contato direto os stakeholders, e esses sentem a segurança ou não de quem atua na corporação.

Patrícia Bispo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

10 dicas para não ficar isolado da equipe


Há momentos em que o profissional olha para os lados e pode deparar-se com uma realidade nada agradável: O que está acontecendo comigo? Não sou mais convidado para almoçar pelos meus colegas. Quando acontece alguma comemoração, nunca me convidam e se o fazem, não sempre é na última hora. Quando há alguma novidade, ninguém chega para comentar comigo. Meus colegas que antes paravam para conversar comigo, agora, só dão um bom dia apressado. Nada é como antes. Ou será que eu mudei?
Infelizmente, muitos profissionais vivenciam situações semelhantes e até mesmo mais complicadas, quando chegam ao ambiente de trabalho. No entanto, o motivo desse problema, desse isolamento que se criou em torno da pessoa pode ser comparado a um copo d'água que foi enchendo aos poucos e transbordou. Com a correria do dia a dia, muitas pessoas deixam determinados fatores interferirem no seu comportamento e o reflexo surge quando os seus pares o evitam. Vejamos agora, algumas dicas de como uma pessoa pode agir diante de um fato similar e voltar a interagir com a equipe.
1 - Isso pode parecer bobagem para muitas pessoas, mas não é nada agradável dar um "Bom dia!" a alguém e aquela pessoa não corresponder ao seu cumprimento. Lógico que não é todo dia que se está disposto a mostrar toda a sua "arcada dentária", mas quando se ignora repetidas vezes a saudação de alguém, é provável que na próxima vez seu colega prefira baixar a cabeça e não dar uma só palavra.
2 - Se alguém tem o hábito de cumprimentá-lo, não espere apenas que a pessoa tome a iniciativa. Mostre receptividade e, garanto, dar um "Bom dia!" ou um "Olá! Tudo bem?", não fará mal algum. Pode ser que naquela determinada manhã, seu colega esteja com algum problema pessoal e está tão preocupado que nem se deu conta de que passou por você.
3 - É muito comum que as pessoas vivam um ritmo cada vez mais acelerado e há ate mesmo quem prefira não sair do trabalho para almoçar, pois trouxe algo leve para substituir uma refeição e ganhar tempo. Por esse motivo, se alguém o convidar para almoçar e não seja possível acompanhá-lo, agradeça. Mas também, apresente um argumento simpático e como "Hoje, estou de dieta. Exagerei muito no final de semana. Almoçamos numa próxima oportunidade".
4 - "João, você pode me dar uma opinião sobre esse e-mail que formulei para um novo cliente?". "O quê?", nem pensar e pare de ser preguiçoso. Se alguém pede a sua ajuda e você mostra que a receptividade é "zero", as chances do seu colega de trabalho procurá-lo para pedir ajuda também será "zero". Lembre-se que um dia, você também poderá precisar de ajuda. Por essa razão, caso esteja muito ocupado, uma boa alternativa é responder: "Vejo contigo, daqui a pouco. Pode ser?".
5 - Quando for atender aquela pessoa que solicitou a sua ajuda, seja discreto. Para ensinar algo a um colega de trabalho não precisa tocar "trombones", para mostrar a todos você salvou aquele profissional e fazer uma bobagem, cometer um erro. E ao apresentar sua sugestão, mostre-se aberto para a troca de ideias. São incontáveis os casos de duas pessoas que possuem opiniões diferentes, mas que quando sentam para conversar sobre o assunto, chegam a um consenso totalmente diferente do que poderiam imaginar. Tenha sempre em mente que o aprendizado é mútuo.
6 - Caso você seja considerado o mais experiente da equipe, não significa que é o dono da verdade. Quando participar de alguma reunião, por exemplo, antes de expressar sua opinião, saiba ouvir o que a outra parte tem a dizer. Espere o colega terminar a apresentação e coloque mostre seus questionamentos com respeito ao trabalho do outro. Quem escuta o que os outros falam, tem mais chances de apresentar argumentos plausíveis para novas propostas.
7 - Cada pessoa tem um jeito próprio de lidar com seus objetos pessoais, inclusive no ambiente de trabalho. Isso faz com que alguns teoricamente sejam organizados e outros nem tanto. Quando se está na correria, é possível que precisemos pegar uma caneta, uma tesoura emprestada, mas o colega da mesa ao lado está no atendimento a um cliente e vai demorar. Caso realmente precise do objeto dele, depois de usar devolva e agradeça. O respeito ao espaço dos outros é fundamental para um bom convívio.
8 - Ninguém mais conversa com você? Por quê? Faça essa pergunta a você mesmo e veja se você tem sido receptivo às conversas que surgem no dia a dia. Para um pai que vê seu filho aprender a andar é uma felicidade e nada mais natural do que compartilhar essa alegria com alguém. Imagine a cena: "João, meu filhinho aprendeu a andar sozinho!". "E eu com isso?". Uma resposta dessas nem merece comentários. Reveja as respostas que você tem dado aos seus colegas, para assuntos que são de extrema importância para eles.
9 - Sempre ouvi a seguinte frase: "Gosto não se discute". Caso algum colega chegue ao trabalho com um visual novo e diferente daquele que você estava habituado a ver, não estimule uma "saudação de choque" do tipo: "O que aconteceu com você?". Confesso que já aconteceu comigo: tentei mudar a cor dos meus cabelos e ao invés de conseguir um tom mais claro, fiquei com uma mancha em tom roxo bem no centro da cabeça. Na segunda-feira, um dos meus colegas chegou e me olhou desconfiado. Comecei a rir e perguntei se ele tinha visto algo diferente. Educadamente, disse que notou que eu estava um pouco diferente e comecei a rir. Confessei: "Está horrível.... Errei o tom da tinta e tenho que esperar uma semana para não ter queda de cabelos". Ele sorriu e suspirou aliviado.
10 - Quebra de paradigmas não se faz da noite para o dia. Independentemente da geração que você pertença, é preciso saber conviver com pessoas que possuem visões diferenciadas das suas. Hoje, as organizações valorizam a diversidade como ponto de partida para a disseminação do conhecimento e o estímulo à criatividade. Se seu líder é bem mais novo do que você ou vice-versa, por que criar barreiras apenas porque no final de semana alguém adora ir a um pagode agitadíssimo e você prefere um passeio com a família? O que importa mesmo é como vocês administram o relacionamento na empresa e compartilham conquistas e fracassos na rotina do trabalho.

Patrícia Bispo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O relacionamento entre as pessoas pode ser melhor


As pessoas são diferentes. É tão óbvio que nem atentamos para isto. Se levarmos esta afirmação a sério será muito importante para nossos processos de comunicação e de relacionamento pessoal, pois poderemos viver melhor com aqueles que nos rodeiam. Teremos menos preocupações e raiva, contudo mais alegria.
Entendendo que os outros são diferentes de nós, teremos mais apoio em tudo que precisamos e muito mais possibilidades de satisfazer nossas necessidades de convivência social, de pertencer a determinados grupos, de sermos reconhecidos, estimados e apreciados.
É impossível mudar o mundo e as pessoas, ajustando tudo e a todos ao que consideramos ideal e, isso certamente, seria uma grande pretensão de nossa parte. Então, por que não começamos a mudar nossos comportamentos? Isto é possível. Contudo, dependerá de uma questão de domínio interior, perfeitamente viável, desde que saibamos o que queremos, compreendamos o mecanismo e a natureza de nossa percepção. Então, vislumbraremos com clareza, os benefícios que teremos. Mudar depende de nós.
Aprendemos ao longo de nossas vidas a vermos de maneira orientada através da nossa cultura, representada pela influência do ambiente em que vivemos, dos lugares que frequentamos, dos nossos pais e parentes, dos amigos e até mesmo dos inimigos. Percebemos o mundo através de nosso referencial.
Como tudo que é aprendido, pode ser aprimorado. Por isso devemos melhorar, aumentar nossa capacidade de ver, ouvir e sentir. Tudo isso é essencial para nosso inter-relacionamento pessoal.
Melhorando a nossa percepção, estaremos desenvolvendo também a capacidade de uma estreita relação entre as pessoas da equipe. Podemos ser melhores a cada dia para, então, formar uma equipe coesa na organização em que estamos envolvidos.
Tanto se fala em qualidade de vida, mas é fundamental que essa mesma qualidade comece em nosso trabalho, afinal não é fácil acordar todos os dias e sair rumo a um martírio. Por outro lado, para ser bem-sucedido é condição básica gostar do que se faz. Ninguém tem sucesso atuando em algo que odeie ou, então, trabalhando sozinho. Temos quer ser uma equipe
Portanto, pense bem se o que você está fazendo hoje é o que realmente desejará fazer amanhã. Se, porventura, chegar à conclusão que sim, então, dê o melhor de si e não tenha medo de sonhar e realizar o que deseja. Afinal, você já está no caminho certo. Se você chegar à conclusão de que não é o que realmente quer para sua vida, faça o possível para mudar. Procure o que quer para si independente do que os outros achem ou pensem, porque você está no caminho errado e isso irá prejudicá-lo cedo ou tarde.
As grandes caminhadas se fazem dando um passo de cada vez. Inicie a jornada conhecendo sua equipe, faça perguntas, preste atenção no dia a dia e. Com certeza, você terá informações valiosas sobre o caráter, o gênio, as particularidades, o comprometimento e o humor das pessoas.
Depois, monte um perfil de cada membro com: qualidades, pontos fracos ou fortes e o que o faz dar o melhor de si. A partir daqui você trabalhará com os incentivos e os objetivos a serem alcançados.
Sempre será um desafio encontrar o equilíbrio entre: eficiência X remuneração e resultados X motivação. Mas é justamente neste meio que nós, os líderes, devemos utilizar de nossos truques e nossas armas para manter a equipe motivada e produtiva.


Patrícia Pessotti
(www.rh.com.br)

Pense antes de agir


É sabido que agilidade é uma das competências valorizadas no mundo profissional. No entanto, em muitas situações, agilidade tem sido confundida com imediatismo.
Há muitas ocasiões que exigem uma tomada de decisão rápida. Neste momento, distinguem-se dois tipos de pessoas: os imediatistas e os ágeis. Os primeiros, acreditando-se ágeis, são reativos, agem por impulso. Suas decisões e ações contemplam o curto prazo e, na maioria das vezes, carecem de uma visão mais analítica da situação. Não sabem que não sabem. Sua decisão pode trazer um ganho imediato, momentâneo, mas consequências futuras não são levadas em consideração. Em muitos casos, arrependem-se mais para frente da decisão que tomaram.
Os segundos, são táticos e ponderados. Têm mais recursos, experiência, consultam, questionam. Não demoram para agir, entretanto, antes analisam as melhores opções e decidem considerando o reflexo da sua decisão a longo prazo.
Rapidez é uma habilidade importante. Só que rapidez sem embasamento pode fazer você saltar no abismo.
Qual dois dois é você?

Ilana Berenholc

(www.vocesa.abril.com.br)

Os detalhes que só os vencedores percebem


Você já parou para pensar o quanto a nossa vida pode ser impactada por pequenos detalhes? Muitas vezes não damos a menor importância às pequenas coisas, mas são elas que nos impulsionam para os grandes acontecimentos da vida.
Na segunda-feira, você vai almoçar no restaurante do shopping e depois resolve caminhar pelo mall. Você, provavelmente, caminha lentamente por um piso extremamente limpo e polido - a ponto de lhe causar a falsa sensação de que caminhar rápido pode não ser seguro. Daí você aprecia as vitrines das lojas com tranquilidade e com mais probabilidade de comprar algo por impulso.
Na terça-feira (seu dia de folga), no meio da tarde, você resolve ir ao supermercado. Não há muitos clientes comprando, e provavelmente estará tocando uma música bem suave de fundo, para que você se acalme e caminhe sem atropelos. Com isso, você terá mais tempo para admirar as mercadorias expostas e, quem sabe, comprar algo a mais.
No sábado, você se dá conta de ter esquecido algo que usará para o jantar e volta ao mesmo supermercado - que desta vez está muito mais movimentado. Daí, uma música do tipo Rock'n Roll tocará em alto e bom som para motivá-lo a movimentar-se mais rapidamente pelos corredores e assim evitar o congestionamento no interior do estabelecimento.
Detalhes? Não deixam de ser, mas também são estratégias poderosas que, de alguma forma, influenciam o nosso comportamento de consumidor. Você pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com a performance de vendas da minha equipe? Tudo! Pois se somos influenciados enquanto consumidores, podemos, também, influenciar enquanto vendedores. Logo, sugiro que você observe os detalhes de sua equipe e dos consumidores, a fim de servi-los melhor.
A Bíblia nos ensina: "suportai-vos uns aos outros". Daí eu lhe pergunto: você costuma dar suporte aos seus colaboradores para ajudá-los a atingir as metas ou é do tipo que só cobra resultados? Que tipo de suporte você costuma oferecer a eles: companheiro no sucesso ou nos momentos críticos também? Você tem acompanhado as visitas de vendas? Você costuma apoiá-los nas fases de atendimento e negociação com o cliente ou só quer tomar conhecimento das vendas?
Lembre-se da passagem bíblica que diz: "suportai-vos uns aos outros". Suportar significa mais que tolerar, é também sustentar, ou seja, aparelhar o seu ombro com o do seu colaborador, dando-lhe apoio para ajudá-lo a conseguir o que sozinho seria impossível.

Evaldo Costa

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O poder do elogio

Já vi textos relacionados a esse assunto publicados em vários tipos de mídias, de vários autores diferentes, na faculdade e em livros. Mas, o que realmente me mostrou o verdadeiro poder do elogio foi o caso abaixo.
Na mesma sala em que trabalho, existe um departamento que tem suas atividades intimamente ligadas aos departamentos operacionais da empresa e, sendo assim, todos os seus fornecedores são colaboradores de outros departamentos.
Na minha empresa é sempre difícil conseguir que uma pessoa faça algo, se você não for um cliente externo ou alguém que esteja um degrau acima na hierarquia. Entretanto, um dos profissionais que trabalha nesse departamento que eu citei é diferente, seu nome é "Alex". Ele sempre consegue tudo o que quer e sempre é o mais produtivo de seu departamento. Percebendo isso, decidi tentar entender qual era seu segredo milagroso e observar, qual era sua estratégia de abordagem quando ia pedir algo para um de nossos colegas de trabalho.
Fazendo esta tarefa de "observação", curiosamente não percebi qualquer diferencial. Ele apenas chegava à pessoa, pedia ou mandava um e-mail e a tarefa saia numa boa. Eu ficava impressionado, pois apesar de ser bastante simpático, a princípio ele não fazia nada de diferente. Já situações semelhantes, envolvendo outras pessoas, tinham um desfecho totalmente diferente.
Foi quando certo dia eu tomava meu café da manhã e o vi chegando ao refeitório, com seu costumeiro bom humor. Foi, quando, percebi algo que me chamou a atenção. Alex chegou e já na fila começou a conversar com uma de nossas secretárias e a elogiou, ao falar sobre um trabalho que ela tinha feito para ele. Ele afirmou que a atividade dela tinha ficado muito boa. Comentou que ela era muito competente e que não poderia encontrar alguém que fizesse aquele trabalho tão bem feito. Alex fazia questão de falar na frente dos outros e, fazendo a maior farra, deixou a secretária muito feliz.
Vendo toda a cena, decidi falar com Alex e explicar que estava o observando e tivemos uma conversa que me deixou de queixo caído, pois ele falava de um jeito bem simples e seu raciocínio tinha uma coerência assustadora.
Ele me disse: - Eu sempre elogio as pessoas. Sempre faço isso com sinceridade, pois as pessoas precisam de elogios para massagear o ego e um elogio falso não vale nada. Não adianta eu chegar e falar que seu cabelo está legal, sendo que você sabe que não está. Quando eu faço um elogio, sei que provavelmente a pessoa vai querer ouvir outro elogio. Sempre que eu preciso de algo dessa pessoa, sei que ela fará bem, pois ela sabe que será elogiada novamente.
Refleti sobre essas palavras e percebi que era a mais pura verdade. Se soubermos usar o poder do elogio em nossas vidas, só conseguiremos coisas boas e com toda certeza seremos pessoas mais agradáveis para nossos colegas de trabalho, nossas famílias e amigos.
Elogie, enxergue o lado bom das pessoas, perceba o que elas fazem de melhor e desenvolva a capacidade de usar o PODER DO ELOGIO.

Dimitriu Alfredo
(http://www.rh.com.br/)

Um Click diferente

Todo ser humano tem um pouco de Michael Newman, personagem interpretado por Adam Sandler em Click, uma comédia americana. Newman é o verdadeiro workaholic estressado que dedica seu tempo exclusivamente para o trabalho para sustentar uma vida além de suas possibilidades e para acompanhar a extravagância do vizinho. Para Newman, nada na vida tem mais importância do que o trabalho.
De posse de um controle remoto que pode acelerar o tempo e, portanto, o caminho para o sucesso profissional, Newman deixa-se levar pela pressão do chefe e se entrega totalmente ao trabalho, afinal, um simples clique pode resolver todos os seus problemas. Resultado: Newman não vê os filhos crescerem, não vê a mulher separar-se dele e casar com outro nem vê o pai morrer, uma das pessoas que ele mais amava. Com o poder do clique, o mundo mudou e ele não se deu conta até o momento em que acaba hospitalizado e morto por conta de um infarto. Felizmente, Newman estava sonhando e, consciente, pode refazer o caminho, mas isso não é a realidade de milhares de profissionais ao redor do mundo.
Uma das frases mais célebres do cantor e compositor Raul Seixas dizia: "há homens que já nascem póstumos". Na época, ainda que eu me considerasse um poeta razoável - quem não foi poeta na juventude que atire a primeira pedra -, era difícil entender o significado, porém hoje isso está claro para mim: "há homens que já nascem póstumos". Profundamente verdadeiro e significativo.
Pode-se interpretar a frase de duas maneiras distintas. A primeira delas diz respeito àqueles que, apesar de todas as benesses que a vida lhe concedeu, continuam acreditando que o mundo é uma fonte de problemas, portanto, quase tudo o que lhes acontece de ruim é atribuído ao destino. Por vezes, a culpa vai para Deus e isso é uma questão delicada, portanto, nada pode resolver a situação de quem não assume a responsabilidade pelos seus próprios atos. Nesse caso, a morte é sua única esperança.
A segunda diz respeito àqueles que estão destinados a receber todas as benesses da vida, e mais um pouco ainda, pelo fato de adotarem uma postura completamente diferente. Neste grupo, apesar de todas as dificuldades que a vida possa lhes apresentar, as pessoas vivem inundadas de pensamentos positivos e com a certeza de que saúde, amigos, inteligência, fé, persistência e simplicidade são mais do que suficientes para uma vida feliz. Pessoas dessa natureza estão sujeitas a escrever seu nome na história. Sua postura jamais será esquecida e seu exemplo faz toda a diferença.
Um dos mitos mais difundidos na sociedade moderna é que todo mundo tem direito a uma vida plena de realizações - dinheiro, carros, mansões, status, cargos elevados, sucesso e outras bobagens mais. Quando todo mundo imagina que tem direito a quinze minutos de fama, isso vira uma obsessão. Geralmente, quinze minutos não são suficientes para aplacar a triste ilusão de que a fama repentina e temporária vai resolver todos os nossos problemas.
A maior de todas as verdades é que a única pessoa responsável pela sua qualidade de vida é justamente você. Ser bem-sucedido em todas as áreas da vida - pessoal, espiritual e profissional - requer uma postura capaz de assumir 100% da responsabilidade sobre o que acontece nela. Portanto, não é tão simples quanto parece. Por razões inexplicáveis, fomos condicionados a responsabilizar alguém pelas coisas ruins que nos acontecem ao longo da vida. E isso precisa ser quebrado definitivamente com todas as nossas forças.
Assim sendo, para criar a vida que tanto sonhamos, precisamos nos livrar das desculpas e mudar radicalmente nossas atitudes. Imagine que você tenha um controle remoto capaz de fazer diferente, de fazer melhor, de produzir o resultado sonhado. Quando você tem o poder de escolher conscientemente, e não com base em percepções e resultados alheios, você tem o domínio completo e absoluto da sua vida. Do contrário, você será exatamente igual ao Michael Newman, alguém sem vida, sem saúde e sem paz, apenas com a diferença triste, a diferença é que você existe e Michael Newman não existe mais.
De acordo com Janet Switzer e Jack Canfield, autores de Os Princípios do Sucesso, você tem controle apenas sobre três coisas: seus pensamentos, suas projeções e suas ações (comportamento), portanto, a maneira como controla essas áreas determina o que você vivencia. Se não estiver gostando dos resultados, mude as atitudes, mude seu foco, mude sua reação. Para obter algo diferente, é preciso agir diferente. Pense nisso e seja feliz!

Jerônimo Mendes
(http://www.rh.com.br/)

Administre seu tempo com paixão

A paixão é algo muito interessante. Diferente do amor, mas não há como estar isolada dele. Na verdade, segundo dicionário, ser apaixonado é estar entusiasmado, defender com paixão, enfim, é uma ampliação do amor. Quando estamos apaixonados, transpiramos o amor. Esta transpiração envolve a alegria, a realização a satisfação e a motivação.
Se você imagina que estou falando de relacionamento amoroso com outra pessoa, é aí que você se engana. Estou me referindo ao trabalho!
Quando somos apaixonados pelo nosso trabalho e amamos o que fazemos, somos mais realizados, atingimos melhores resultados, somos mais criativos, nos tornamos referência e nos diferenciamos dos demais e ainda possuímos uma melhor qualidade de vida.
Ser apaixonado por sua atividade não significa trabalhar demasiadamente. Ao contrário, significa trabalhar o tempo necessário de forma a não se sentir pressionado, insatisfeito, desgastado ou frustrado. Quando você tem paixão pelo que faz você tem maior foco, logo, aproveita melhor seu tempo, pois sabe utilizá-lo adequadamente e produtivamente. Desta forma, você consegue dedicar mais tempo a você e para sua família.
A paixão pelo que se faz tem que estar aliada à paixão por sua família e pelas pessoas que lhe querem bem.
Evite pensar apenas em plantar hoje para colher amanhã. Colha os frutos disponíveis hoje e desfrute dos momentos agradáveis e únicos que foram oferecidos a você.
Assim como a perda de um prazo ou de um atraso no trabalho podem trazer prejuízos irrecuperáveis e, talvez, fazer com que perca alguns clientes, a perda dos momentos com as pessoas que o amam também pode ser irreversível. O primeiro passo dado ou a primeira palavra pronunciada por seu filho, caso você não esteja presente, não contará com sua participação nesta vitória inesquecível. Você poderá desfrutar de novos passos e da repetição das primeiras palavras, mas o momento da maior conquista, você terá perdido porque estará ausente. Uma viagem de lazer adiada poderá demorar a ocorrer novamente, pois sempre ficará em segundo plano.
Administre melhor seu tempo. Programe-se para desenvolver novos projetos, para realizar as ligações necessárias, para conquistar novos clientes, para superar desafios, para praticar um esporte, para ficar com a família, para realizar uma viagem, para passear etc.
Seja apaixonado por todos os momentos de sua vida e por todas as atividades que realiza. Seja grato pelas oportunidades, em conquistar novas vitórias e desafios diariamente, bem como ter a oportunidade de jamais desistir das coisas que ama, administrando seu tempo de forma que consiga desfrutar de cada momento com muita alegria, realização e motivação!
Tenham um ótimo fim de semana!

Wagner Campos
(http://www.rh.com.br/)

Os limites da superação

Às vezes, reflito e me questiono sobre o quanto somos imensos diante de nossas limitações e, ao mesmo tempo, como podemos ser pequenos diante de nossa grandiosidade.
De um lado, há pessoas que desperdiçam tempo justificando seu desinteresse e sua falta de proatividade, criando uma incapacidade física, mental e profissional. Suas maiores criatividades baseiam-se em argumentos, para justificar que não conseguem algo que mal tentaram fazer e, justamente por isso, ficaram distantes de o conseguirem. O mais decepcionante é quando algumas pessoas utilizam em seus argumentos o insucesso e o fracasso de terceiros como referência, chegando a comentar: "bom, pelo menos fui melhor que fulano" ou ainda, "mas beltrano é pior que eu".
É irônico, mas essas pessoas criativas em justificativas de fracasso jamais argumentam algo como "não consegui o resultado desejado porque não tive coragem de seguir" ou "eu tenho certeza de que não consegui porque não tive interesse em testar meus limites" e milhares de outros comentários.
A superação não depende de classe social, cor ou educação. Sua superação depende de ter um objetivo em sua vida e acreditar em algo. Superar uma dificuldade não quer dizer que terá todo o sucesso no dia seguinte. Significa alcançar um pequeno sucesso diariamente, uma vitória a cada momento. Obviamente precisando vencer várias dificuldades e vários paradigmas e, de repente, poderá até ter medo. Você deve ter medo de desistir e não de continuar. Ir de encontro ao que acredita é o que fará a grande diferença para sua realização e superação.
Pesquisando na internet temos a opção de conhecer vários textos ou vídeos sobre pessoas que se superaram. Há pessoas da terceira idade fazendo acrobacias com enorme grau de dificuldade e mais perfeitas que muitos adolescentes. Há outras sem os membros inferiores e/ou superiores, que vivem sem depender de ajuda, que trabalham, cozinham, nadam, enfim, possuem qualidade de vida melhor do que uma pessoa com o corpo perfeito. Isso porque não procuram criar justificativas e vivem em busca de soluções para serem auto-suficientes, enquanto a maioria se encontra dependente, não realizando algo enquanto alguém não o entregar prontinho em suas mãos.
Um fato é verdadeiro: o ser humano somente comprova sua capacidade quando realmente precisa dela. A maioria busca, infelizmente, problemas onde eles não existem.
Há aqueles que somente controlam suas finanças depois de terem perdido tudo, outros valorizam os entes queridos quando passaram por momentos traumáticos, outros organizam melhor seu tempo quando a falta de tempo foi responsável por prejudicá-los em algo. Quaisquer que sejam as necessidades de superações, a meu ver as limitações são muito mais psíquicas do que reais. Há muito mais preocupação em se identificar um motivo para não fazer algo do que em ver os bons resultados que serão obtidos caso seja realizado.
Exija mais de você! Exija mais tempo para aproveitar a convivência com os familiares, exija mais tempo para realizar sua tão desejada viagem, mais esforço para aprender o idioma que está estudando, mais dedicação no esporte, mais interesse em seu aprendizado. Exija mais disposição para ser feliz! Exija, exija e exija!
Seja mais disposto a evoluir e se superar. Seja mais disposto a entender e acreditar. Acredite que suas aptidões podem revelar-se muito além do que você conhece e teste os limites de sua capacidade física e mental. Mas teste principalmente os limites de sua capacidade de perseverar! Seu poder de superação está muito além de seus músculos, bens e recursos financeiros. Sua maior superação dar-se-á quando acreditar que você realmente é capaz!

Wagner Campos
(http://www.rh.com.br/)

Conhecimento é como um litro de leite

"Na sua carreira o conhecimento é como um litro de leite, ele tem prazo de validade impresso na embalagem. O prazo de validade de um diploma universitário é de menos de dois anos. Portanto, se você não substituir tudo o que sabe a cada três anos, sua carreira irá deteriorar-se exatamente como aquele litro de leite" (Meister). Um novo momento bate a nossa porta, nada é permanente, nem mesmo o conhecimento. As mudanças são frequentes e profundas e exigem respostas ágeis e um novo profissional.
Se olharmos num passado distante, os países em destaque eram os possuidores da Terra através da colonização, um pouco mais a frente e com o advento da Revolução Industrial a máquina passa a ser a grande riqueza. Hoje, início do Século XXI, destacam-se a tecnologia e as convergências que advém do conhecimento. E como o conhecimento é uma produção humana e pertence às pessoas, estas são e serão o grande diferencial deste período.
Esse novo momento exige profundas mudanças estruturais, culturais e essencialmente na mentalidade das pessoas e das organizações. É preciso estimular um pensamento mais reflexivo, crítico e estratégico. É necessário ter uma postura voltada à aprendizagem de forma continuada. Já que o cerne do aprendizado está em potencializar a busca do conhecimento, a capacidade de aprender a aprender.
Mas, as pessoas só se dispõem a aprender algo quando estão mobilizadas, envolvidas por um motivo e quando percebem que este comportamento trará benefícios para si. Portanto, é preciso que a introdução do novo desperte a motivação, de modo que promova o desprendimento do habitual e rotineiro para a entrega ao novo, o que significa desaprender velhos conceitos para incorporar um novo.
Essas mudanças não são rápidas, visto que carregamos muitas crenças enraizadas ao longo da vida. Mudar pede a imposição de uma ação, a saída da posição de inércia e um esforço de adaptação. Exige um processo de exploração continuada do conhecimento para então conceber e inovar. As pessoas devem libertar-se dos paradigmas que limita as novas idéias. Deve buscar a criatividade e a liberdade para errar. Deve haver um maior comprometimento com a qualidade, desde o primeiro momento.
Numa era de mudanças e incertezas como a atual, fruto de uma globalização que acabou com a segurança, onde as relações trabalhistas não estão mais sob os pilares da estabilidade e as pessoas passam a ter mais importância nos resultados organizacionais. Exige dos profissionais uma constante reciclagem e a busca do autodesenvolvimento de forma que se possa superar o prazo de validade estampado na embalagem, assim como o litro de leite. Fica aqui um convite: avalie o seu prazo de validade e certifique se sua carreira irá deteriorar exatamente como aquele litro de leite.

Ângela Oliveira
(http://www.rh.com.br/)

Seja irresistível

Alguma vez você já parou para pensar nas pessoas que você considera irresistíveis? Será que existe algum estranho poder magnético nestas pessoas, que o simples fato das suas presenças parece atrair a atenção e o interesse de todos? Sim, existe sim uma espécie de poder magnético nestas pessoas. Particularmente, eu chamo esse poder de "presença de palco"; uma espécie de luz que parece manifestar-se em torno da pessoa que detém essa característica de irresistibilidade.
Quando uma pessoa tem presença de palco, a simples expressão do seu rosto parece dizer "Cheguei" ou "Estou aqui". Tal característica parece atrair a atenção e o interesse de todos, e assim em uma pequena fração de tempo todos estão já seduzidos pela sua presença.
Diante dessa enumeração de fatos, parece-me interessante sugerir que nós possamos aprender alguns aspectos dessa personalidade magnética, nos tornando assim cada vez mais irresistíveis.
Vejamos alguns elementos desse contexto:
Auto-Estima - Pense bem, você conhece alguma personalidade magnética que não seja altamente consciente das suas possibilidades e seja também dotada de uma auto-estima considerável? Pessoas irresistíveis têm uma auto-estima elevada e gostam de si próprias. Vivem de bem consigo mesmas - sem, contudo, considerarem-se melhor do que as outras.
Auto-Confiança - Uma pessoa com auto-estima elevada normalmente acredita muito em si própria - manifesta uma tranquilidade e segurança a respeito dos seus próprios passos.
Entusiasmo - Pense bem, você já viu alguém irresistível andar por aí exclamando: "Oh! Vida, Oh! Azar"? Não, definitivamente alguém com personalidade magnética nunca se comporta desta maneira. O entusiasmo é uma característica marcante das pessoas irresistíveis - nós nos aproximamos dessas pessoas porque queremos ser contagiados pelo seu brilho, energia e entusiasmo e não ao contrário.
Gostar de Gente - Essa é uma fórmula simples, porém muito difícil para muita gente. Pessoas irresistíveis gostam de gente, elas se interessam genuinamente pelos outros e não apenas pelo que as pessoas podem proporcionar a elas. Pense nisto: Como anda seu nível de interesse pelos outros? Você tem se interessado por aqueles que estão ao seu lado ou apenas por você mesmo?
Bons Ouvintes - Outra fórmula simples, porém difícil para muitos. Lembre das conversas que você teve com as pessoas que considera magnéticas - o que você acha? Essas pessoas foram bons ouvintes? Ouvir as pessoas atenciosamente é preencher sua necessidade de ser reconhecido, de merecer atenção. Nós gostamos de pessoas que nos ouvem e não suportamos quem não nos ouvem e até nos interrompem - reflita... Como você se sente quando alguém esquece o seu nome logo após ser apresentado? Quer aumentar seu magnetismo? Ouça as pessoas com atenção, chame-as pelo nome, recorde de assuntos ou detalhes ditos em uma conversa tempos depois.
Gestos e Palavras Mágicas - Pessoas irresistíveis usam palavras mágicas - elas falam: "Por favor", "Com licença", e "Bom dia". Seu tom de voz é vibrante, independente de ser alto ou baixo. Elas elogiam e parabenizam. Retornam sua ligação ou seu e-mail, mesmo que para dizer que estão muito ocupados e que depois "conversam". Pessoas irresistíveis dizem "Muito obrigado".
Pessoas magnéticas atraem coisas positivas, atraem mais pessoas irresistíveis. Pessoas irresistíveis formam uma excelente networking, têm amizades mais profundas e colegas de trabalho mais interessantes. Você deve estar exclamando - nossa, mas que sortudas essas pessoas hein! Caro amigo, não chamo isso de sorte, chamo de resposta - uma resposta da vida ao que você faz com na sua vida.
Seja irresistível!

Scher Soares
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terça-feira, 31 de agosto de 2010

A difícil decisão de dar meia volta



McKinley – Um sonho gelado na montanha mais fria da Terra
 
Tudo na vida começa com um sonho e a vontade, o lado emocional. Depois vem a fase de projeto e planejamento, o lado racional. Desde a infância as montanhas exerciam um verdadeiro fascínio sobre mim. O tempo foi passando e eu entendi que devia sonhar e mais que isso, estudar um meio de realizar meus sonhos. Criar um plano estruturado, inteligente e digno de realização para que os sonhos fizessem sentido e se tornassem realidade. Sonhar e acreditar nos sonhos é vital, a fé move montanhas e também move o montanhista, desde que ele não se escore na fé, mas a use como ferramenta de motivação para um trabalho organizado e bem estruturado.

Sou descendente de uma família de agricultores e nasci na zona rural no interior do nordeste, numa casinha de barro, numa daquelas situações que se vê poucas perspectivas de mudanças e crescimento. Quando eu tinha 3 anos, meus pais se mudaram para a cidade mais próxima que ficava a 14 km para levar os 8 filhos para estudar, na época o mais velho já tinha 15 anos e não freqüentava escola por não existir nenhuma perto do sítio onde morávamos. Aos 16 anos mudei para Fortaleza, fui morar na casa de parentes para estudar e buscar novos desafios.

Apesar das condições do meu nascimento e dificuldades materiais, sempre soube que não podemos escolher onde nascer, mas onde e como viver é uma escolha nossa e eu escolhi buscar novos e grandes desafios e é isso que continuo fazendo a cada dia.
No dia 29 de maio de 2010 eu parti do Ceará para a minha maior expedição, vale lembrar que antes eu já havia escalado 4 montanhas acima de 5.500 metros: Cerro Vallecitos (5.500m), Huayna Potosi (6.088m), Ojos del Salado (6.893m) e o Aconcágua (6.962m), as duas últimas são respectivamente, o maior vulcão da Terra e a maior montanha da Terra, fora da Ásia. Estas duas últimas, escalei duas vezes cada uma, na primeira tentativa no Aconcágua, em janeiro de 2005 cheguei a 6.700m e retornei quando estava a 262m do cume, na segunda tentativa, em janeiro de 2006 fiz cume. No Ojos del Salado, em fevereiro de 2008, também retornei de 6.700m quando estava a 193m do cume, na segunda tentativa em janeiro de 2009, fiz cume. Nesta última empreitada, atravessei metade da Terra e fui parar no Alasca com o objetivo de escalar a maior montanha da América do Norte e a mais fria da Terra, o McKinley (6.194m). Pela altitude, por estar abaixo do Aconcágua, pode parecer fácil, porém o McKinley está próximo do Pólo Norte, um dos lugares de clima mais instável na terra e para dar um sabor especial à aventura, é uma montanha que exige muita técnica.

A aproximação da montanha é feita em 45 minutos de vôo entre montanhas, num monomotor que passa raspando vários cumes e desviando de outros e finalmente pousa num glaciar a 2.180m de altitude. A partir do glaciar são mais 24 km de terreno com sobe e desce, cheio de gretas para se chegar a 4.300m que é considerado o campo base avançado, para começar a escalada propriamente dita.

Apesar de todo um planejamento bem feito, bom condicionamento físico e equipamentos adequados, as altas montanhas sempre terão o fator climático que pode surpreender. Nesta hora precisamos conhecer bem nosso organismo e ficar atento com o movimento de cada nuvem.
Este ano, dei meia volta quando estava a míseros 200 metros de caminhada e 63 metros de desnível, justo depois de ter escalado todos os trechos técnicos, já não havia mais nenhum desafio, apenas uma pequena caminhada. Cada vez que revejo as fotos e os vídeos, tenho mais certeza que tomei a decisão mais acertada que podia. Preservei a minha vida e a montanha continua lá me esperando nas temporadas seguintes.

Precisamos ter a medida certa de ousadia, mas não podemos abusar da sorte. Na vida temos que aprender a curtir caminhos e não ficar apenas mirando o destino. Há tempo de plantar e de colher, tempo de seguir e de recuar. Muitas vezes recuar estrategicamente é a melhor alternativa e a mais sábia.

Escalar montanhas é muito mais que ganhar alturas fazendo algum esforço físico, é um exercício de planejamento seguido de ações estratégicas que visam otimizar os recursos e esforços e progredir com segurança. Neste exercício, muitas vezes precisamos recuar para melhor planejar nossas ações e seguir em frente quando estamos seguros dos resultados ou no mínimo plenamente consciente dos riscos que estamos assumindo.

Nada de grande se faz sozinho, precisamos de uma equipe com comprometimento, quero aproveitar aqui para deixar os meus infinitos agradecimentos aos meus patrocinadores e colegas de escalada. Obrigado a cada um vocês pelo incentivo ao montanhismo e especialmente patrocinar o meu sonho, sonho que tem atraído tantos outros sonhadores que sensibilizados com a minha experiência, tem despertado para sonhos que outrora estavam dentro de si adormecidos e pareciam impossíveis aos seus donos e agora começam a germinar mostrando que são passíveis de realização.

A vida é breve, não devemos perder tempo e sim acreditar com fé nos nossos sonhos e investir todas as nossas energias com força e determinação e confiar nos frutos que eles viram. 

O que somos hoje é fruto do que plantamos algum dia ou que esquecemos de plantar. O poeta tem razão "Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz".

A todos um caloroso abraço do tamanho do McKinley.


Rosier Alexandre

www.rosier.com.br