quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

10 razões para o líder receber feedback

A presença do processo de feedback virou uma prática constante nas empresas que se destacam no mercado e que desejam adotar uma Gestão de Pessoas que possibilita ao colaborador saber o que se espera dele. Através do feedback é possível estimular os profissionais a desenvolverem novas competências que agreguem valor estratégico ao negócio. Geralmente, o processo é conduzido pelo gestor porque ele é quem está em constante contato com a equipe. Mas, e quando a situação tomar outra vertente: a liderança recebe o feedback de sua performance? Será que realmente é importante o líder também receber um retorno sobre suas atividades? A resposta é afirmativa, pois todos que atuam no ambiente organizacional precisam acompanhar as tendências globalizadas e, dessa forma, dar o melhor de si. Confira dez motivos para que os gestores também tenham um feedback do seu próprio desempenho.
1 - Ao receber um feedback da sua atuação, o gestor passa a entender melhor o que os seus liderados sentem quando têm um retorno da empresa em relação às suas performances individuais.
2 - Quem tem a oportunidade de ser o foco do feedback, compreende o processo em suas etapas e resultados. Ficar apenas no papel de avaliador é bem mais fácil do que ser avaliado.
3 - A partir do momento em que o gestor tem uma avaliação do seu trabalho, ele identifica como suas ações e seu comportamento impactam no desempenho individual e coletivo dos seus liderados.
4 - Qualquer profissional necessita ter uma ideia clara do que a empresa espera dele, uma vez que isso permite que sejam identificados seus pontos fortes, bem como os que precisam ser trabalhados. Isso o remete ao desenvolvimento de competências sejam técnicas ou comportamentais.
5 - Quando um líder recebe uma devolutiva sobre sua gestão, se passa a entender o que a organização espera dele e de que maneira é possível atender ou superar essas expectativas.
6 - Seja positivo ou considerado negativo o feedback recebido, a liderança tem oportunidade para reavaliar posicionamentos adotados no seu dia a dia e quebrar paradigmas. Ou seja, abrir espaço a novos recursos ou metodologias que podem aprimorar sua atuação.
7 - O feedback é um importante instrumento que estimula a pessoa a se manter longe da zona de conforto - um dos principais responsáveis pela estagnação do profissional.
8 - Ao ter em mãos a avaliação da sua performance o líder pode traçar novas perspectivas para sua carreira, inclusive em relação ao seu crescimento na empresa como também no que se refere à própria empregabilidade em um mercado extremamente competitivo.
9 - Muitas pessoas que participam do processo de feedback, ao tomar conhecimento de seu desempenho sentem-se estimuladas a superar desafios. Quando isso ocorre, muitos vão a buscar o autodesenvolvimento, além de ficar atento às oportunidades de desenvolvimento que a empresa oferece através da área de T&D.
10 - O feedback, quando bem conduzido, gera benefícios significativos no comportamento das pessoas. Ao passar por um processo de avaliação do seu desempenho, há líderes que passam a lembrar que não existem detentores da verdade. Diariamente, todos podem aprender algo em comunhão com sua equipe. Isso, inclusive, estreita o relacionamento entre líder-liderados e, geralmente, culmina em melhorias de desempenho.

Patrícia Bispo

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O poder da equipe

Você se considera um bom líder? A sua organização possui bons líderes? O líder não deve ser avaliado apenas pelo seu conhecimento, mas, sobretudo, pelo talento de formar equipes de vencedores.
A organização não prosperará se depender apenas das habilidades de seu principal comandante. É necessária a contribuição de todos os membros da equipe, para que o sucesso seja plenamente conquistado. No time vencedor o "eu" deve ceder lugar ao "nós", pois se "eu" conquisto, "nós" multiplicaremos. Somente "nós" poderemos construir e manter equipes de trabalho de alta performance, gerando confiança, respeito, união e uma força motriz capaz de superar metas ousadas.
O papel do líder é montar equipes evitando a violação de qualquer norma coerente, pois isso destroi qualquer vínculo que leve ao sucesso. Veja, por exemplo, o quanto os gansos podem, através de sua disciplina nos longos voos contribuir com ensinamentos para todos aqueles que desejam aprimorar o talento de formar equipes vencedoras. Ao movimentar as asas, os gansos criam sustentação para o pássaro seguinte. Ao voar em uma formação em V, o bando aumenta o alcance de seu voo em até 71%. Tal desempenho não seria possível se cada ave voasse isoladamente. Portanto, compartilhando uma direção comum e viajando com senso de comunidade, podemos alcançar a meta rapidamente sem muito desgaste.
O fato é que, sempre que um ganso sai da formação, ele sente o arrasto e a resistência de tentar voar sozinho e, rapidamente, retornar ao grupo ganhando assim sustentação da ave imediatamente à sua frente. Daí, trabalhando em equipe, como os gansos, permaneceremos alinhados com aqueles que estão indo para onde queremos ir. Precisamos estar dispostos a aceitar ajuda, bem como a dar a nossa contribuição.
Sempre que o ganso líder se cansa, ele gira para trás na formação e outro ganso voa à sua frente. Portanto, revezando as tarefas e dividindo a liderança entre os componentes do grupo, nos tornamos interdependentes um com o outro, contribuindo assim para o sucesso de todos. Os gansos, quando em formação, agem da seguinte forma: o de trás emite um som para encorajar os que estão na sua frente a manter a velocidade.
Além disso, quando um ganso fica doente ou ferido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Eles ficam juntos até que ele seja capaz de voar novamente ou morra. Daí, buscam uma nova formação para cumprir a sua jornada com segurança. Apoiando-nos uns aos outros podemos, assim como os gansos, superar momentos difíceis e crescermos ainda mais quando estamos fortes. Então, devemos todos voar em formação, com a humildade de voltar para trás sempre que um companheiro necessitar de ajuda.
Nunca é demais lembrar que as maiores realizações na vida não são alcançadas por um indivíduo apenas, mas por grupos de pessoas pró-ativas que buscam um bem comum. Procure por trás de cada vencedor e encontrará um grande treinador. Observe um grande líder e perceberá uma pessoa disposta a estimular e apoiar sempre que necessário, pois estamos nesta vida para ajudar a conquistar e não para destruir sonhos. Afinal de contas, a nossa missão deve ser oferecer os nossos dons para beneficiarmos uns aos outros.
Pense isso!

Evaldo Costa
(www.rh.com.br)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O mundo sem estresse

Pesquisas divulgadas pelo jornal The Washington Post afirmam que o trabalho responde por uma parte significativa do estresse para mais de 60% das pessoas nos Estados Unidos. Penso que esse percentual não muito é diferente no Brasil, afinal, cada vez mais as pessoas vivenciam um alto grau de estresse em suas vidas.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e depressão motivadas por inúmeros fatores: pressão no trabalho, mudança brusca no estilo de vida, exposição permanente a ambientes hostis, insatisfação com os próprios resultados, trânsito infernal, desgastes no relacionamento pessoal e profissional, diferenças de posição em relação a determinadas ideias.
Quando os sintomas de estresse são submetidos a intervalos maiores de tempo, os mecanismos de defesa do ser humano são incapazes de responder de maneira eficaz. Isso aumenta a probabilidade de uma pessoa sofrer um acidente cardiovascular, uma isquemia cerebral, um apagão na memória, além da angústia generalizada que interfere nas suas decisões e no seu desempenho.
Tudo isso é fato, mas o mais relevante a ser considerado em relação ao estresse é que você não consegue mais viver sem ele, portanto, deve aprender a administrá-lo. Pense bem: se a rotina provoca estresse, a falta de rotina também; se a convivência com pessoas provoca estresse, a ausência delas também; se o excesso de trabalho causa estresse, o desemprego causa estresse maior ainda; se dirigir provoca estresse, andar de ônibus, então, nem se fala.
Como diria um ex-colega de trabalho, vamos estressar o assunto e imaginar a vida sem estresse. O que seria do mundo se os homens fossem todos uns bananas, as mulheres submissas, os empregos estáveis, os chefes bonzinhos, os filhos mais obedientes, os funcionários motivados, as empresas mais humanas e os políticos menos inconsequentes? Provavelmente, uma chatice absoluta. Qual seria o seu desafio na vida?
Por vezes eu fico imaginando se as pessoas desejam realmente reduzir o nível de estresse considerando que estão envolvidas, cada vez mais, com trabalho, compromissos sociais e tantas parafernálias tecnológicas à sua disposição que facilitam e ao mesmo tempo escravizam o seu dia a dia. Duvida? Tente ficar uma semana longe de tudo isso.
Questões para pensar na cama: será que você está levando mesmo a sério o estresse? O que você tem feito para reduzir o estresse? Não seria o estresse o principal fator de motivação para a superação de obstáculos na vida pessoal e profissional? Se o estresse é tão prejudicial quanto dizem que é, por que as pessoas não mudam radicalmente seus hábitos? O que o ser humano consegue fazer sem estresse? Penso que não temos as respostas para nenhuma delas.
Minha intenção ao escrever este artigo não é livrá-lo do estresse mesmo porque não acredito que isso seja possível. Ao contrário, por experiência, penso que uma dose de estresse bem administrada de tempos em tempos pode ser muito útil na conquista de metas e objetivos. Entretanto, algumas atitudes devem ajudá-lo a conviver mais pacificamente com o estresse sem, necessariamente, afetar o seu desempenho pessoal e profissional. Leia, pratique e mude seus hábitos.
Exercite-se: está mais do que provado que quando você se exercita, sua mente passa a ter pensamentos positivos, pois a prática esportiva libera endorfina, substância química capaz de estimular o bom humor. Além do mais, exercícios físicos estimulam a circulação sanguínea e melhoram a oxigenação do cérebro. O corpo vai agradecer.
Relaxe: você não é um robô, portanto, isole-se de vez em quando e não faça nada por alguns instantes. Relaxamento e massagens também são inibidores poderosos da tensão e do estresse. A mente vai agradecer.
Medite regularmente: depois de relaxar, viagem dentro de si mesmo e encontre um lugar feliz; fuja do caos urbano, dos desencontros com o chefe, das discussões familiares e acalme sua mente. A consciência vai agradecer.
Pratique a leitura: leia livros - inclusive os meus, é óbvio - e viagem para onde você quiser; a leitura provoca sensações inexplicáveis de prazer e distanciamento das coisas mundanas. O seu raciocínio vai agradecer.
Não leve a vida tão a sério: estresse tem tudo a ver com o grau de importância demasiado que você atribui a determinados eventos que ocorrem na sua vida, portanto, quanto mais humor, menos sofrimento e dor. O seu futuro vai agradecer.
Todas as dificuldades da vida têm o seu lado bom. Problemas cabeludos são interessantes para se resolver. O fim do casamento pode ser uma excelente oportunidade para encontrar uma pessoa mais alinhada com o seu jeito de pensar e agir. A demissão pode ser a porta de entrada para o sucesso como empreendedor. As adversidades nos fazem crescer.
Por fim, lembre-se, o estresse não vai acabar com você nem você vai acabar com ele. Vocês estão intimamente ligados numa relação de amor e ódio, portanto, relaxe. Quanto mais consciência e equilíbrio você tiver para conviver pacificamente com ele, melhor. Estresse também é sinal de como as coisas estão evoluindo no campo pessoal e profissional.
Pense nisso e seja feliz!
Jerônimo Mendes
 (www.rh.com.br)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Jeitinhos e jeitões: duas calamidades corporativas

Em um grande número de organizações, o que não faltam são as "calamidades" comportamentais, algumas das quais, de tanto se repetirem, tornam-se crônicas e, ao mesmo tempo, folclóricas e motivos de lágrimas e risos nos corredores. Essas calamidades podem diferir na forma, mas todas têm uma coisa em comum: detonam o clima interno, acabam com o respeito aos princípios e aos valores da empresa e, por vias indiretas, comprometem as relações entre os colegas e dificultam o cumprimento dos resultados. Os "jeitinhos" e os "jeitões" constituem duas dessas calamidades - dentre outras.
Comecemos pelos "jeitões". Quem, no seu local de trabalho, não tem ou nunca teve um colega ou chefe com um "jeitão" fora dos padrões civilizados? Tomemos o caso de um gestor que é grosseiro de doer, grita e trata seus colaboradores como se fossem máquinas ou coisas insensíveis e sem auto-estima. E quando alguém mais corajoso decide procurar a Alta Direção para fazer queixa daquele assediador moral em série, ouve do maioral: "Ah, não esquenta com isso! É o "jeitão" dele, mas no fundo é ótima pessoa... E, olha, com esse "jeitão" ele faz o pessoal cumprir todas as metas!". E o gestor, com seu "jeitão" anacrônico, continua pelos corredores à fora machucando impunemente a equipe, protegido pela cultura interna que aprova esse "jeitão eficaz" de atingir resultados...
Anote aí: nas empresas que abrigam essa calamidade, "jeitão" é a nova palavra para definir grosseria, falta de modos e de educação, insensibilidade e total desconhecimento da arte de liderar pessoas. Isso me faz lembrar as palavras do guru em administração Stephen Covey, consultor americano, autor do best-seller "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", que vendeu mais de 15 milhões de exemplares: "A maioria das lideranças ainda está estancada no modelo de trabalhador em que as pessoas são vistas como coisas a ser controladas e reguladas. Mas hoje é imperativo ter consciência de que as pessoas são feitas de corpo, mente, emoções e espírito". Um bom treinamento em sensibilização - com a Análise Transacional, por exemplo - consegue amenizar e em alguns casos até extinguir esses "jeitões".
Outra calamidade são os "jeitinhos". Diariamente, em muitas empresas, as normas, políticas, regulamentos e diretrizes são criativamente dribladas ou ignoradas por "jeitinhos". São aqueles atalhos e "adaptações" que fogem da estrada principal que conduz ao ponto certo, visando "facilitar" o trabalho de muita gente esperta, que esquecem que isso complica e compromete a vida das organizações.
O "jeitinho" existe onde hajam profissionais sem a devida disciplina, paciência e comprometimento para cumprir as etapas e os passos, às vezes, complexos e burocráticos de algumas tarefas e processos, mas que asseguram a excelência e a legalidade do trabalho. Resultado: os milhões gastos pela empresa em programas e projetos de qualidade, excelência e boas práticas de fabricação descem diariamente pelo ralo do desperdício.
Essas calamidades podem ser anuladas pela própria organização, se sua gestão definir e fizer seguir rigorosamente as corretas práticas de trabalho, se investir no desenvolvimento da maturidade comportamental das equipes e em saudáveis e éticos princípios e valores.
Felizmente, em sua grande maioria, as organizações atuam conforme o figurino, sem permitir a ocorrência dessas calamidades. São as empresas vencedoras - não necessariamente as de maior porte e lucro, mas as de maior ética, melhor clima e aquelas com maior preocupação com seu capital humano. Mas ainda há muita gente que parece esquecer o óbvio: numa empresa ou em qualquer organismo social, nenhum "jeitão" comportamental está acima dos direitos e do bem-estar da coletividade, assim como nenhum "jeitinho" está acima do compromisso com as leis e com a qualidade.
É simples assim.

Floriano Serra
(www.rh.com.br)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

10 benefícios do empowerment

Em um processo de gestão participativa as organizações preparam seus profissionais para assumirem responsabilidades que antes eram centralizadas. Hoje, encontramos empresas que permite e estimulam os colaboradores a tomarem iniciativas, diagnosticarem os problemas e apresentarem soluções. Essa tendência que cada vez mais se torna presente no dia a dia das empresas tem um nome: empowerment. Confira alguns dos benefícios que esse processo gera ao ambiente corporativo.
1 - Ao terem a liberdade de tomarem iniciativas, os colaboradores diagnosticam os problemas referentes à organização, diagnosticam os motivos e apresentam soluções.
2 - Quando um problema corporativo é identificado rapidamente, as chances de encontrar soluções imediatas podem levar a empresa a não entrar em um "buraco negro", que comprometa seriamente o negócio.
3 - Um profissional que tem abertura para tomar decisões sente-se valorizado pela organização em que atua e isso impacta diretamente nos indicadores motivacionais.
4 - Aumento de indicadores como responsabilidade e comprometimento dos profissionais, alinhados aos valores, às crenças e aos resultados da companhia.
5 - Estímulo significativo à sinergia entre os colaboradores da empresa, o que resulta em um ambiente de trabalho na agradável para as pessoas.
6 - O empowerment torna-se um estímulo, para que o próprio colaborador busque o desenvolvimento de novas competências e aprimore as já existentes. Isso ocorre naturalmente, porque o profissional sente que suas decisões farão o diferencial para a empresa e para ele próprio.
7 - A pessoa que assume responsabilidades e tem a chance de adotar ações por iniciativa própria, abre as portas para que a organização avalie seus potenciais e tenha chances de crescimento interno.
8 - Abertura para o espírito empreendedor dos profissionais, um fator relevante para empresas competitivas e que entendem que o capital humano faz o diferencial.
9 - Obtenção de uma maior velocidade de resposta para os clientes da companhia e criação de um ambiente pró-ativo, o que facilita o atingindo metas desafiadoras.
10 - Uma vez que existe a delegação de poder para os profissionais, os níveis gerenciais têm mais liberdade plena para exercerem atuações nos aspectos estratégicos da empresa.

Patrícia Bispo

Cala a boca fofoqueiro

A expressão "cala a boca" pode ser algo assustador para pessoas conservadoras, mas utilizada com frequência, por alguns jovens da Geração Y. Recentemente, a capa de uma conceituada revista nacional, mostrou a força do Twitter, em uma campanha direcionada a um locutor esportivo muito conhecido do Brasil, com um slogan direcionado com o pedido para "calar a boca".
Perceba que, em alguns momentos da vida é preciso colocar um ponto final em algumas divergências, principalmente, quando a fofoca está impregnada em um grupo de pessoas. Para tornar o trabalho em equipe mais produtivo e com melhores resultados, observe as dicas a seguir e coloque em prática a ação de não levar adiante uma fofoca, prezando em valorizar a cooperação e estimular a proeminência do companheirismo.
Etiqueta corporativa abrange respeito - Você foi convidado para participar de um almoço, com um colega de trabalho. Durante o encontro percebe que o principal assunto é a disseminação de uma fofoca. Qual será sua conduta? Primeiro é necessário deixar evidente que você é uma pessoa educada e profissional. Em seguida agradeça o convite do almoço. E a terceira atitude deverá indicar que a etiqueta corporativa não é algo fútil e, seu alcance, está além de distinguir entre um garfo de salada e o do prato principal. Neste sentido, mostre que não há interesse algum, na continuidade da conversa sobre o assunto. Enfatize para a pessoa, que convidou você para o almoço, que o clima de trabalho é diretamente prejudicado com uma fofoca.
É mais difícil conhecer a si mesmo - Olhamos no espelho diariamente, para observar nossa aparência externa, mas encontramos dificuldade para conhecer com mais profundidade nossas fraquezas, comportamentos e o íntimo de nossos sentimentos. Em uma equipe, o líder muitas vezes precisa agir com veemência, para colocar um ponto final em uma fofoca e "calar a boca" de fofoqueiros com atitudes pontuais.
Não é justo que, uma equipe de trabalho seja prejudicada, por um elemento que sabe parte de uma história e decide inventar um final, com o objetivo de disseminar a discórdia. Neste sentido, busque conhecer melhor a si mesmo e jamais esqueça, que estando no meio de fofoqueiros, por mais que você não seja, será visto com um deles.
Compreender a diversidade humana - Com o objetivo de disseminar diariamente a fofoca e fazer com que inúmeros profissionais amarguem situações constrangedoras, o fofoqueiro é ainda um personagem garantido em muitos ambientes organizacionais. Vários desligamentos profissionais e afastamentos já foram solicitados, em decorrência da dificuldade de adaptação à cultura organizacional, bem como, da aceitação em usar da fofoca, para buscar promoções pessoais. Compreender a diversidade humana, também é perceber que há pessoas incomodadas com o sucesso de outras e acabam não controlando a língua. Não ofereça ouvidos a um fofoqueiro, pois esta atitude pode trazer consequências tristes para você e para aqueles que estão a sua volta.
O tempo desperdiçado com uma fofoca pode ser coerentemente utilizado, para gerar energia positiva e oportunizar novos negócios. Fique atento com o uso das diferentes ferramentas de mídia social e o que você divulga diariamente, pois podem passar a ser propagadoras de fofocas. Por outro lado, também observe que quando um colega anunciar "Vocês sabem da última?" - será necessário praticar o exercício de morder a língua. Certamente, você estará ouvindo mais uma informação, sem que os principais envolvidos estejam presentes.

Dalmir Sant Anna
(www.rh.com.br)

Vamos mudar o mundo?

Aposto o que você quiser. Em algum tempo da sua vida você já teve o desejo de mudar o mundo, de transformar a realidade à sua volta e de deixar a sua marca por aqui. Acertei? Lá pelas tantas, alguém tentou convencê-lo de que essa é uma tarefa impossível e que você não pode mudar o mundo. E aí você se deu conta de que a Terra gira independente da sua presença, que você é só mais um nesse balaio de gatos e que deve cuidar da sua própria vida antes de querer cuidar da dos demais. Acertei de novo?
Pois é. Dizem por aí que não podemos mudar o mundo. Em contrapartida, nunca se falou tanto em como o mundo vem mudando em um ritmo tão veloz. Gestão da Mudança virou, inclusive, uma disciplina exclusiva dentro da Administração (até este colunista deu a sua contribuição na organização de um livro, reunindo a visão de acadêmicos brasileiros e portugueses sobre o assunto). O grande paradoxo dos tempos atuais é que, ao mesmo tempo em que querem convencê-lo de que você não pode mudar o mundo, exigem que você seja um profissional flexível e adaptável a – pasmem! – mudanças.
Ora, as coisas mudam porque as pessoas mudam. Alguém dá um passo à frente e os outros vêm depois. Somos todos agentes de mudança, tenhamos consciência ou não. O legal é que quando nos damos conta disso, nosso papel se torna muito mais relevante – e os impactos das nossas ações muito mais significativos. Da próxima vez que alguém lhe disser que você não pode mudar o mundo, não dê ouvidos. O mundo está sempre mudando, e eu, você e todos nós afetamos e somos afetados por essa contínua mudança.
Querer mudar o mundo é um desejo saudável e totalmente necessário. Quer saber mais? As melhores empresas, como o Google, procuram identificar justamente essa característica em seus processos de seleção. Eles desejam atrair gente que quer fazer a diferença – e é assim que, de fato, eles fazem a diferença.
Particularmente, quando tive a ideia de lançar o Administradores.com.br, vislumbrei a possibilidade de contribuir para o avanço da área de Administração em nosso país. Dez anos depois, essa ideia inicial se transformou em um veículo de difusão e troca de conhecimentos que atinge mais de 2 milhões de pessoas por mês.
Sempre tive total consciência de que as redes sociais, os grupos de discussão e os sites especializados geram possibilidades imensas e concretas de crescimento. Cada vez que alguém se debruça sobre uma discussão e exercita sua capacidade de argumentar e expor opiniões, cresce um pouquinho. É algo que nos aproxima do que o filósofo tunisianio Pierre Lévy cunhou de “coletivo inteligente”. Essa atividade foi – e continua sendo – fundamental na minha formação profissional, pessoal e intelectual de maneira geral. Participar de grupos de discussão, fóruns do Orkut e escrever artigos, por exemplo, são formas diferentes de se construir conhecimento – algo que a simples frequência às aulas tradicionais não alcança, e não chega nem perto. Se conseguirmos estimular isso de alguma forma, estaremos contribuindo para a formação de pessoas melhores, pessoas que serão melhores em suas organizações e organizações que serão melhores em nosso mundo.
Pode até parecer um discurso idealista, utópico, uma luta contra os moinhos, mas é a forma que encontrei de atirar as estrelas de volta ao mar – e de trazer mais pessoas para essa caminhada.
E você, o que tem feito para mudar o mundo?

Leandro Vieira

(www.vocesa.abril.com.br)