quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

10 sugestões para a confraternização não virar um “mico”


Com a proximidade do Natal e do Ano Novo, torna-se quase que uma maratona comparecer às confraternizações que nos convidam e nessa lista de festividades está a aquela que reúne os colegas que compartilham conosco o dia a dia de trabalho. Apesar de saber que encontraremos pessoas conhecidas, amigos mais próximos, esses momentos também nos remetem a tomar determinadas posturas. Afinal, não são raros os casos em que nas confraternizações ocorram alguns "micos" e, no dia seguinte ao chegar à empresa, as pessoas que se tornaram alvo das atenções sintam-se constrangidas diante dos seus pares. Seguem abaixo algumas dicas para evitar constrangimentos nessas ocasiões especiais.

1 - As confraternizações de fim de ano costumam ser animadas e com elas vêm deliciosos acompanhamentos como petiscos ou almoços praticamente irresistíveis. Mesmo para quem esquece o regime nessa época do ano é de "bom tom" não exagerar nas guloseimas, pois há quem ultrapasse os limites e não se sinta bem. Resultado, você terá que deixar a confraternização antes do esperado ou, então, ficar sentado enquanto a digestão faz efeito.
2 - Outra tentação para muitas pessoas são as bebidas com teor alcoólico. Mesmo quem é acostumado a apreciar um bom uísque, vinhos ou é fã da cervejinha, não pode esquecer de que naquela festa estão os colegas de trabalho, gestorores e os diretores da empresa. Não há inconveniente maior do que alguém que fica bêbado e estragar a festa dos demais. Isso sem comentar que quando se está alcoolizado a pessoa pode ter atitudes que a farão ficar, no mínimo, sem graça ao retornar ao trabalho.
3 - Não aproveite esses encontros de fim de ano para tentar ser simpático "ao extremo", se durante o ano todo você sempre teve um comportamento mais contido. Imagine a seguinte cena: seu líder está conversando com representantes de empresas parceiras que foram convidados para prestigiar a confraternização. Nesse momento, chega alguém da equipe e a todo custo tenta "enturmar-se", dando opiniões sobre assuntos que não domina. Em casos mais extremos, existem os que tentam ser engraçados e começam citar toda uma lista de piadas "sem graça". Falar demais pode causar desconfortos e problemas futuros.
4 - Se falar demais é inconveniente, imagine quem vai às confraternizações para "bajular" seus superiores. Abrir a boca para tecer elogios aos gestores, aos dirigentes da empresa é uma péssima estratégia de marketing pessoal. Sem falar que quem é "bajulado" pode sentir-se desconfortável e até mesmo deixar a festa antes do planejado.
5 - Caso seja convidado para uma conversa onde se encontram pessoas do seu convívio e desconhecidos, aceite educadamente. Contudo, antes de comentar algo primeiro escute o teor da conversa para não passar por desinformado sobre assuntos relacionados principalmente à empresa. Seja prudente. Afinal, você também está representando a organização em que atua.
6 - Os eventos sociais são ótimos para fazer novos contatos e aumentar a rede de relacionamentos. Isso, no entanto, não significa que você deva encher os bolsos com cartões de visita e distribuir para todos os que aparecem à sua frente. A troca de cartões pode até ocorrer, mas deve acontecer naturalmente e nunca de maneira forçada.
7 - Nada impede que nas confraternizações as pessoas caprichem no visual, até porque uma boa aparência é sempre bem-vinda. Isso não significa que você deva mudar seu estilo, mas comparecer a um evento da empresa com um decote chamativo, uma minissaia, uma barba que ultrapassa a do "Papai Noel" ou perfumes fortíssimos é pisar na bola.
8 - Quem pode pagar "mico" não é apenas quem comparece à confraternização, mas sim quem organiza a festa. Escolher cardápios adequados ao local e ao horário é aconselhável. Não cai bem, por exemplo, servir pratos considerados pesados para o período da noite. Dentro das suas possibilidades, ofereça um cardápio variado. É bom salientar que isso não significa ter gastos significativos.
9 - Há confraternizações em que os organizadores realizam sorteios e brindes durante. Mesmo que o ambiente seja descontraído, não realize brincadeiras que façam as pessoas pagar "prendas" para receber o presente. Isso pode contribuir para que o "sortudo" torne-se alvo de "mico" diante os colegas. Antes de promover qualquer brincadeira, coloque-se no lugar de quem estará do outro lado.
10 - Outro detalhe importante para quem organiza a festa é divulgar o dia, o local e o horário da confraternização com antecedência. Isso vale tanto para os colaboradores quanto para os possíveis convidados de empresas parceiras. Lembre-se que as pessoas possuem compromissos que nem sempre podem ser desmarcados, apenas porque você fez o convite em "cima da hora".
Patrícia Bispo
(www.rh.com.br)


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os tão ocupados e apressadinhos de Deus


Se há alguém no mundo com todos os motivos para estar sempre ocupado e apressado, certamente seria Deus, pela quantidade de pessoas que recorre a Ele, todos os dias e a todo instante, pelos mais variados motivos. Desde gente que pede para ganhar na mega-sena, até aqueles que pedem para que tal candidato ser eleito, para chover, para fazer sol, para sair aquela promoção, para o chefe ser mandado embora, para a namorada ou namorado voltar, para o guarda rodoviário não usar o bafômetro, para o teste de gravidez dar negativo ou positivo... Uma loucura.
Já perceberam o que ocorre nas partidas decisivas de futebol? No último segundo, o jogador vai cobrar um pênalti que dará o título ao time. De um lado, uma equipe se dá as mãos e orando, pede a Deus para a bola ir para fora ou o goleiro defendê-la. Do outro, a equipe adversária, também de mãos dadas, reza e pede a Deus para a bola entrar. Ou seja, a divergente expectativa de todos inclusive torcedores, é de que Deus pare de fazer tudo o que está realizando pelo mundo inteiro para fazer o atacante marcar o gol ou o goleiro pegar o chute. Pode?
Essa introdução descontraída é para nos fazer lembrar aquele profissional que repete a todo instante:
- Agora não dá! Estou super-ocupado!
- Depois, depois! Agora não dá! Estou super-atrasado!
Uma vez que esse profissional não é Deus - porque Ele sempre dá um jeito de atender todo mundo - conclui-se que o acelerado amigo não tem a menor idéia do que seja administração do tempo.
A exceção das disfunções comportamentais, certamente há quem aja assim por achar que tal postura passa a imagem de um sujeito muito trabalhador e indispensável à firma. Pelos muitos anos que convivi com o mundo corporativo, posso assegurar que metade das atividades que fazem aquele herói correr tanto e estar sempre ocupado, poderia ser facilmente delegada aos membros da equipe. Mas, fazer o que se o homem é centralizador? Estes, parecem nunca ter ouvido ou lido nada também sobre delegação.
No frigir dos ovos, o primeiro prejudicado é o próprio, pois lhe falta tempo para participar de programas de integração com os pares e colegas e, sobretudo de atualização - aliás, é característica sua nunca ter tempo para comparecer aos programas de treinamento e sempre chegar atrasado e bufando às reuniões.
Nem na hora do almoço nosso elétrico profissional relaxa. Quando não come apressadamente um sanduíche na sua mesa de trabalho, ele corre ao refeitório e rápida e literalmente joga a comida mal mastigada na boca. Sem muita conversa, levanta-se e sai quase correndo, pois "tem muita coisa pra fazer e já está atrasado".
É provável que esse profissional alimente a fantasia de que a empresa parará se ele diminuir seu ritmo. Se este for o caso, trata-se de um candidato potencial a um trauma depressivo se um dia for demitido (o que descrevo com detalhes no meu mais recente livro "Demitido: quando é preciso tirar a camisa" (Qualitymark).
Nessas pessoas, preocupa-me muito o comprometimento da sua qualidade de vida. Um tempo precioso a ser curtido com a família e amigos está deixando de ser utilizado e no futuro é mais do que provável que isso traga sérias conseqüências afetivas, psicológicas e sociais. Claro que isso tem solução. Uma adequada reflexão, uma revisão do estilo de vida, um claro entendimento do que é urgente e do que é importante (nem sempre estas condições caminham juntas) poderia ajudar o nosso amigo e estruturar melhor o uso do seu tempo, controlar sua ansiedade e ser mais feliz. Todos ganhariam com essa mudança, inclusive a própria empresa.
Pena que geralmente esse profissional não tem tempo para pensar nessas coisas - muito menos em Deus. Certamente ele nem lerá este artigo: afinal, como sempre, tem um monte de coisas à sua espera e ele já está muito atrasado...

Floriano Serra
 (www.rh.com.br)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

10 razões para divulgar informações aos colaboradores


O fluxo de informações seguras no ambiente organizacional é um diferencial significativo para qualquer empresa e fecha as portas para os boatos que, normalmente, geram resultados negativos para as organizações. Isso porque não existe quem consiga trabalhar tranquilo, ouvindo rumores "preocupantes" como, por exemplo, que haverá demissão em massa ou até processos de inovação que exigirão quebras de paradigmas. Abaixo, destaco algumas razões, para que a empresa mantenha sempre uma comunicação interna eficaz com seus profissionais.
1 - Não há nada mais desconfortável do que chegar ao trabalho e escutar existe a possibilidade de que ocorram desligamentos em curto e médio prazo. Isso faz com que o mais dedicado profissional desvie sua atenção das atividades laborais para ficar com aquele terrível pensamento em sua mente: "Serei o próximo?". Certamente, a produtividade será prejudicada.
2 - Quando um boato ganha forças dentro da empresa, ele ultrapassa os portões da companhia. Como? Basta apenas o colaborador seguir para sua residência e a preocupação irá acompanhá-lo. E quando isso ocorre, além do sofrimento gerado ao profissional, a sua família também sentirá os reflexos negativos, porque ele chegará estressado e provavelmente passará a tensão para o cônjuge e os filhos. Resultado: a qualidade de vida cai tanto no ambiente de trabalho quanto no campo pessoal.
3 - Se um boato é capaz de abalar um funcionário, também tem "força" para se estender entre os demais profissionais que atuam na empresa. O reflexo será perceptível pelos gestores a "olho nu", pois sentirá que as pessoas estão tensas, com a mente longe (presenteísmo) e quando têm oportunidade conversam de forma "desconfiada".
4 - Uma vez instalado um boato em um departamento, é questão de dias ou mesmo horas para que o mesmo se propague em outros setores e todos sejam contaminados pelo sentimento de medo e de dúvidas sobre "como será o amanhã?".
5 - Enquanto há aqueles profissionais que se limitam a desperdiçarem suas horas de trabalho com o "disse me disse" que percorre toda a empresa, existem outros que não perdem tempo e logo entram em contato com a rede de relacionamentos. O motivo? O surgimento de novas oportunidades que podem ser abraçadas, antes mesmo que o barco afunde. Com isso, a empresa perde talentos que farão significativa diferença para o negócio.
6 - É bom lembrar que quando um profissional desliga-se de uma organização, ele leva consigo toda a bagagem de conhecimento adquirida ao longo do tempo em que atuou na empresa. E até que alguém preencha a vaga em aberto, a companhia perderá tempo e gastos com uma nova seleção.
7 - Contudo, a questão acima pode ser evitada. É bom não cair no esquecimento de que uma boa comunicação não apenas ajuda a reter talentos, mas também atrair outros profissionais que agreguem valor ao negócio. Hoje, observa-se uma preocupação de muitos profissionais em fazerem parte de uma organização que proporcione segurança e clareza sobre assuntos relacionados ao ambiente corporativo e nunca os deixe com "nuvens escuras" sob suas mentes.
8 - Mas como evitar que rumores afetem o equilíbrio corporativo? Nesse momento, os canais de comunicação da empresa devem ser considerados "pontes" estratégicas entre empresa e funcionários. Através de murais, informes periódicos, intranet, e-mails corporativos é possível garantir uma comunicação clara, efetiva e assegurar a credibilidade da companhia diante seu quadro funcional.
9 - Vale lembrar que os canais de comunicação também são representados pelos gestores. Ou seja, através das lideranças as informações chegam aos colaboradores sem distorções que comprometam a rotina de uma companhia. É de grande valor a relação face a face de forma contínua e não esporádica.
10 - Quando a empresa mantém uma comunicação clara com os seus talentos, a organização também fortalece o relacionamento com todos seus stakeholders. Isso acontece porque os profissionais mantêm contato direto os stakeholders, e esses sentem a segurança ou não de quem atua na corporação.

Patrícia Bispo